Acordar bem cedinho,adoro...
Passar o café,beber lentamente atenta ao jornal da manhã.
E na sexta feira é ainda melhor o jornal porque tem um quadro que fala só de plantas.
Café tomado ,falo bom dia pros meus cachorros (que não são poucos ) e vou até o portão namorar minha árvore (um ipê branco).
Sei de cada folhina nova dela,como estão indo as orquídeas amarradas e se precisa tutorar algum galho a protegendo dos vândalos,etc...
Cedinho é um silêncio na rua.Uma paz...
Mas nesta segunda feira foi diferente:
Fiz tudo como sempre,e quando fui ver a árvore meu pai que colocava o lixo no portão e me chamou pra ver algo.
Até falei que se fosse algum bicho morto nem queria ver.
Pelo tom como me chamava pensei que fosse o pior ,mas ele disse que era vivo.
Brincalhão que é ,fui.
Mas fui desconfiada.
E ali ao lado dos sacos de lixo um periquitinho azul bem quietinho,parado....
A vontade era pegar ,peguei.
Mas fazer o que com o bichinho?
Criar na gaiola ?
Já sofri só de pensar.
Mas nem pensei e o recolhi da rua antes que o gato do outro lado da rua o pegasse.
Não estava voando ,estava debilitado e fui procurar uma gaiola,comidinha,água....
Até que pudesse voar e tomar seu destino.
Se ele ficou 2 horas comigo foi muito.
Foi se debilitando mais e mais ,acredito ser um filhotinho.
Não bebeu,não comeu,e antes de morrer abriu bem suas asinhas parecia que ia melhorar,mas foi o último suspiro.
Chorei a morte do meu mais novo amiguinho que já tinha até nome,pode?
È triste se apegar aos bichinhos,se eles sofrem sofremos juntos.
No ano novo fiz de um tudo também pra salvar um filhote de bem -te -vi no telhado de casa ,mas no outro dia estava morto na esquina.
Sofria eu e a mamãe bem te vi que nada pôde fazer.
Me senti tão mal,justo eu que gosto de ver eles cruzando o céu pra lá e pra cá.
Olha que doce criaturinha.
Depois disseram me os vizinhos que passou o domingo todo na calçada .
(e ninguém teve coragem de cuidar do bichinho),por essas e outras digo:
"Quanto mais eu conheço os homens,mais eu gosto dos meus cachorros"
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